Produção de silagem em função do arranjo espacial de plantas de milho e soja

Abstract

O consórcio entre a cultura do milho e leguminosas pode contribuir para obtenção de sistemas mais produtivos, intensivos e de baixo risco. Todavia, o arranjo espacial das plantas afeta os rendimentos das culturas consortes. Objetivou-se avaliar os efeitos dos arranjos espaciais de plantas de soja e milho consorciadas sobre o rendimento da silagem e a comunidade de plantas daninhas. Os experimentos foram conduzidos em Rio Verde e Itumbiara, GO. Foram testados cinco tratamentos: monocultivo de soja no espaçamento de 0,5 m (24 plantas m-1); monocultivo de milho no espaçamento de 0,5 m (3 plantas m-1); monocultivo de milho no espaçamento de 1,0 m (6 plantas m-1); milho consorciado com soja em sistema de arranjo simples (fileiras alternadas), com espaçamento único de 0,5 m entre fileiras (6 plantas m-1 de milho – 24 plantas m-1 de soja); e milho consorciado com soja em arranjo duplo (fileiras duplas de milho, alternado com uma fileira de soja), com espaçamento único de 0,5 m (3,75 plantas m-1 de milho – 24 plantas m-1 de soja). Sistemas consorciados em fileiras alternadas e em fileiras duplas não proporcionaram aumento no rendimento de massa seca da silagem mista. Houve influência de locais no rendimento de silagem de milho do monocultivo, sendo que em Itumbiara em espaçamento de 1,0 m obteve-se maior rendimento de silagem, enquanto em Rio Verde foi no sistema de fileira alternadas. A menor população e acúmulo de massa seca de plantas daninhas foi observada em Rio Verde nos tratamentos com a cultura da soja.