Enraizamento de estacas de marula em resposta a aplicação de ácido 3-indolacético e fosfato monoamônico

Abstract

A marula (Sclerocarya birrea) é uma espécie de origem africana com importância nutricional e medicinal, com grande potencial de produção nas regiões de clima semiárido. Por se tratar de uma espécie dióica faz-se necessário o uso de propagação vegetativa a fim de se obter plantas com maior uniformidade e vigor, reduzindo o período juvenil e antecipando a floração e produção. Objetivou-se com o presente trabalho avaliar o enraizamento de estacas da maruleira tratadas com diferentes concentrações de fosfato monoamônico (MAP) e ácido indolacético (AIA). Os experimentos foram conduzidos no viveiro de mudas da Universidade Estadual de Montes Claros do campus Janaúba, utilizando estacas semilenhosas de plantas masculinas e femininas. Utilizou-se delineamento inteiramente casualizado, no esquema fatorial 5 x 5, correspondentes as concentrações de AIA (0; 250; 500; 1000 e 2000 mg L-1) e concentrações de MAP (0; 4834,3; 9668,8; 14503,2 e 24172 mg L-1), com 5 repetições. Avaliou-se a porcentagem de estacas vivas, número de ramos ou brotações, comprimento de ramo, diâmetro da base do ramo, número de folhas, porcentagem de estacas enraizadas, matéria fresca e seca de folhas, ramos e raízes; comprimento e volume de raízes.  Foi observado média geral de 2,4% de enraizamento e 74,4% de estacas vivas para as estacas da planta feminina e 32,8% de estacas vivas e 0% de estacas enraizadas para as estacas da planta masculina. Não foram encontradas diferenças significativas entre as variáveis enraizamento e estacas vivas, em função das concentrações de AIA e MAP, não havendo promoção do crescimento das mesmas.