HIV, sífilis e hepatites B e C: a importância do rastreio como estratégia de educação em saúde em uma unidade prisional feminina

Abstract

Ações de cuidado relacionadas ao rastreio de infecções como HIV, sífilis e hepatites B e C representam importantes intervenções de educação em saúde, no sentido de detectar precocemente e prevenir a ocorrência e transmissibilidade destas infecções, sobretudo no cenário prisional. Objetivou-se relatar a experiência do rastreio de pesquisadoras enfermeiras relacionada a infecções em uma unidade prisional feminina. Metodologia: trata-se de um relato de experiência, de natureza descritiva, realizado por meio de uma pesquisa-intervenção ocorrida junto a mulheres em privação de liberdade em um município da Zona da mata Mineira. Resultados e Discussão: A experiência ocorreu durante um censo sobre infecções transmissíveis no município, o qual foram realizados testes de rastreio com consequente ações de educação em saúde. A adesão aos testes de rastreio ocorreu em 83% da amostra total de mulheres. Durante o período de espera dos resultados, eram manifestadas dúvidas sobre as formas de transmissão e contágio das infecções e/ou partilhas sobre a vivência dentro da prisão e/ou em estar vivendo como portadora de uma destas infecções. Assim como, a possibilidade de acesso ao tratamento pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e as dificuldades em receber este tratamento dentro do sistema prisional, em especial pelo preconceito e discriminação relacionado as infecções transmissíveis. Conclusão: esta experiência reforça a importância do rastreio como uma importante estratégia de detecção precoce e educação em saúde relacionada a infecções pelo HIV, sífilis e hepatites B e C entre segmentos flutuantes e em situação de vulnerabilidade, sobretudo pela agilidade do resultado e encaminhamento ao tratamento.