Abstract
O objetivo do artigo é averiguar se os brasileiros ficaram mais conservadores em termos econômicos, em especial pós 2013, a despeito dos ganhos das gestões de centro-esquerda no campo social. Como metodologia, se apresenta uma análise descritiva de dados de diversas fontes, bem como a revisão da literatura sobre os protestos de 2013. Os resultados, com contribuição a literatura devido amplitude de informações e de abordagem, apontam o avanço da política social com reflexos na queda da pobreza e desigualdade, porém, com retrocessos se consubstanciando na Emenda Constitucional 95 e, nas reformas trabalhista e previdenciária. Em meio à inflexão iniciada com as manifestações de 2013, a conclusão a que se chega é que parece ter havido uma onda de conservadorismo econômico, que teria atingido seu pico em algum momento no quinquênio posterior a 2013.
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