Abstract
O objetivo deste trabalho é apresentar as críticas feitas por neurocientistas às pesquisas que buscam diferenças cognitivas entre homens e mulheres presentes no cérebro, principalmente, utilizando o respaldo da neuroimagem. Desde o início dos anos 2000, a preocupação com a utilização da neurociência para justificar estereótipos de gênero e a falta de critério dos responsáveis para diferenciar as expressões “sexo” e “gênero” têm envolvido diversas neurocientistas no debate mais profundo entre natureza e cultura apresentado por essas pesquisas. Além disso, é imperativo pensarmos no impacto desses resultados, considerando que eles fornecem argumentos para os diversos discursos sociais e contribuem muito para o entendimento das habilidades humanas.
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