Abstract
Objetivos: determinar a prevalência da incontinência urinária (IU) e a sua relação com aspectos sociodemográficos, antropométricos, funcionais e clínicos em idosos da Estratégia Saúde da Família de Porto Alegre/RS (ESF/POA).Métodos: estudo transversal analítico, coletado prospectivamente em amostra aleatória (30 unidades da ESF/POA). Foram coletados dados sociodemográficos, antropométricos e de saúde, sendo aplicados o Questionário Minessota de atividades físicas e de lazer, o Miniexame do Estado Mental, a Escala de Silhuetas de Stunkard (imagem corporal) e testes funcionais (Senta/Levanta, força de preensão manual e velocidade de caminhada).Resultados: foram estudados 575 idosos (68,9±7,1 anos; mulheres= 64,35%) dos quais 33,04% relataram IU (mulheres= 69,5%). Foram estimados como fatores de risco para a IU: menor escore do Miniexame (OR= 0,939; p= 0,033; IC95%= 0,887– 0,995); presença de prejuízo cognitivo (OR= 1,625; p= 0,010; IC95%= 1,351– 3,113); velocidade de caminhada mais lenta (OR= 1,160; p= 0,016; IC95%= 1,028– 1,309); e menor escore no teste Senta/Levanta (OR= 0,013; p= 0,874; IC95%= 0,712 – 0,932). Quedas, atividade física, satisfação com a imagem corporal e ingestão medicamentosa não apresentaram associação significativa com a IU.Conclusão: nessa amostra, foi alta a prevalência da IU. Apresentar menor força de membros inferiores, menor velocidade de caminhada e prejuízo cognitivo foram identificados como fatores de risco para a incontinência, todos modificáveis.
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