Abstract
Este artigo busca fazer um paralelo da Relectio De Matrimonio, de Francisco de Vitória, com a visão sobre o matrimônio desenvolvida na obra Filosofia do Direito, de Hegel. Apesar dos pressupostos serem diferentes, o escolástico tomista, jusnaturalista, concorda em vários aspectos com o idealista alemão contemporâneo, seja na monogamia, na proibição de consanguinidade, da essencialidade da liberdade das partes e até das circunstâncias da dissolução do vínculo. Ainda que ambos fossem teóricos e não juristas no sentido prático, suas reflexões têm também em comum uma unidade entre teoria e prática que talvez seja a verdadeira chave para decifrar o porquê de raízes tão distintas chegarem a muitas conclusões idênticas em períodos diferentes do pensamento.
Subject
Applied Mathematics,General Mathematics
Reference21 articles.
1. ARISTÓTELES. Ética a Nicômaco. Tradução de António Campelo Amaral e Carlos Gomes. Lisboa: Vega, 1998.
2. ARISTÓTELES. Física I-II. Tradução de Lucas Angioni. Campinas: Editora Unicamp. 2009.
3. ARISTÓTELES. Política. Tradução de Mário da Gama Kury. 4. ed. Brasília: Editora Universidade de Brasília. 2001.
4. BISIG, Joshua T. Hegel on Marriage: The Importance of the Wedding Ceremony. Atlanta: Georgia State University, 2015. Disponível em: https://scholarworks.gsu.edu/philosophy_theses/178. Acesso em: 18 jun. 2022.
5. BOROBIO, Dionisio. Unción de los enfermos, orden y matrimonio en Francisco de Vitoria y Domingo de Soto. Salamanca: Universidad Pontificia de Salamanca, 2008.