Abstract
Objetivos: verificar o número e as causas de hospitalizações por quedas em idosos brasileiros, além dos gastos federais do Sistema Único de Saúde (SUS), no período de 2000 a 2018.Métodos: trata-se de um estudo ecológico, utilizando informações disponíveis na base de dados do Departamento de Informática do SUS. Foram coletados dados de idosos (≥60 anos) que internaram no SUS devido às quedas no período de 2000 a 2018 no Brasil. Extraíram-se o número de hospitalizações no País e nas regiões (Norte, Nordeste, Sul, Sudeste e Centro-Oeste), as causas das quedas (Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde – 10) e o valor de gastos federais. Para fins estatísticos, utilizou-se análise descritiva.Resultados: totalizaram-se 1,48 milhões de hospitalizações por quedas em idosos no Brasil, com uma taxa de 38,6 a cada 10 mil. As principais causas desses registros no DATASUS foram as “quedas sem especificações”, as “outras quedas no mesmo nível” e as “quedas no mesmo nível por escorregão, tropeção ou passos em falsos”. Em relação às localidades, os idosos pertencentes às regiões Sudeste (47,1), Sul (44,1) e Centro-Oeste (40,4) foram aqueles que apresentaram maiores medianas das taxas de hospitalizações por quedas no período analisado. Entretanto, o Nordeste (variação%=0,4), o Sul (variação%=0,2) e o Centro-Oeste (variação%=0,2) demonstraram maiores elevações desse indicador ao longo dos 18 anos, enquanto apenas a região Norte apresentou redução (variação%=-0,5). A mediana de gastos hospitalares federais (milhões) foi de R$135,58, variando de R$112,89 até R$194,98.Conclusões: houve aumento das taxas de hospitalizações por quedas em idosos no SUS em quase todas as unidades federativas. As causas mais frequentes foram as “quedas sem especificações”, as “outras quedas no mesmo nível” e as “quedas no mesmo nível por escorregão, tropeção ou passos em falsos”. Além disso, ocorreu elevação dos gastos hospitalares federais ao longo do período no País.
Reference37 articles.
1. Lazarus NR, Harridge SDR. The inherent human aging process and the facilitating role of exercise. Front Physiol. 2018;9(1135):1-8. https://doi.org/10.3389/fphys.2018.01135
2. Rodwell GEJ, Sonu R, Zahn JM, Lund J, Wilhelmy J, Wang L, Xiao W, Mindrinos M, Crane E, Segal E, Myers BD, Brooks JD, Davis RW, Higgins J, Owen AB, Kim SK. A Transcriptional profile of aging in the human kidney.. PLoS Biol 2(12): e427. https://doi.org/10.1371/journal.pbio.0020427
3. Brasil. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua). Número de idosos cresce 18% em 5 anos e ultrapassa 30 milhões em 2017. [Internet]. Rio de Janeiro; 2018. [updated 2018 Oct; cited 2018 April 26]. Available from: https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-noticias/2012-agencia-de-noticias/noticias/20980-numero-de-idosos-cresce-18-em-5-anos-e-ultrapassa-30-milhoes-em-2017
4. Christensen K, Doblhammer G, Rau R, Vaupel JW. Ageing populations: the challenges ahead. Lancet. 2009 3;374(9696):1196-208. https://doi.org/10.1016/S0140-6736(09)61460-4
5. Crimmins EM. Trends in the health of the elderly. Annu Rev Public Health. 2004;25:79-98. https://doi.org/10.1146/annurev.publhealth.25.102802.124401