Abstract
Objetivo: descrever e comparar as intervenções de fisioterapia respiratória utilizadas para asma durante a hospitalização em três grupos etários pediátricos. Além disso, buscou-se investigar os motivos de escolha dessas intervenções.Métodos: a amostra foi composta por fisioterapeutas atuantes em hospitais que reportaram atender crianças e adolescentes com asma. Os profissionais responderam a um questionário online sobre dados pessoais, acadêmicos, profissionais e relativo às intervenções de fisioterapia respiratória utilizadas em lactentes, pré-escolares e escolares/adolescentes. As intervenções foram agrupadas em nove classificações: convencionais, manuais, baseadas em volume, oscilação oral de alta frequência/pressão expiratória positiva (OOAF/PEP), exercícios ventilatórios, ventilação não invasiva, técnica de expiração forçada (TEF), aspiração de vias aéreas superiores (VAS) e outras.Resultados: foram incluídos 93 fisioterapeutas, com idade entre 31 e 40 anos (47,3%) e do sexo feminino (87,1%). As intervenções mais utilizadas nos lactentes foram a aspiração de VAS (78,5%), a aceleração do fluxo expiratório (AFE) (50,5%) e a terapia expiratória manual passiva (TEMP) (45,2%). Nos pré-escolares, predominou a tosse (75,3%), a aspiração de VAS (52,7%), a AFE (51,6%) e a TEMP/expiração lenta e prolongada (ELPr) (50,5%). Já nos escolares/adolescentes, a tosse (83,9%), os exercícios expiratórios variados (73,1%) e a ELPr (57,0%) sobressaíram-se. Houve menor utilização (p<0,01) de OOAF/PEP, de exercícios ventilatórios e de TEF nos lactentes e, também, de métodos convencionais, manuais, aspiração de VAS e outras terapias (p<0,01) nos escolares/adolescentes. Os profissionais relataram utilizar essas intervenções por serem mais eficazes na prática clínica (78,5%).Conclusão: as intervenções manuais e as técnicas de expectoração visando à desobstrução brônquica foram as mais frequentemente utilizadas, tendo relação com a faixa etária e a escolha devido à efetividade na prática clínica.