Abstract
Este trabalho apresenta a tese de que o contexto cultural de instrumentos étnica e geograficamente identificados pode ser utilizado como impetus para a composição de obras de concerto contemporâneas. O artigo situa brevemente o campo da hibridação cultural através de Rios Filho (2010) e Lima (2016, 2019) e apresenta uma discussão sobre o contexto cultural de instrumentos tradicionais através de Neuenfeldt (1998), Mukuma (2010), Jähnichen (2013) e Oludare (2018). Logo em seguida, é apresentado o ambiente cultural no qual o berimbau está inserido com a ajuda de Vieira e Assunção (2009), Galm (2010), Bertissolo (2013) e Magalhães Filho (2019). Numa tentativa de exemplificação, descreve brevemente o processo de composição da obra Berimbau para piano (+voz) e sons eletroacústicos.