Author:
Marques Neto Roberto,Da Silva Felipe Pacheco,Moreira Juliana Alves,Felippe Miguel Fernandes
Abstract
Reconhecidamente, os sistemas geomorfológicos se consubstanciam mediante uma sobreposição de estruturaspassivas e elementos morfotectônicos que, conjugadamente, engendram fatos geomórficos submetidos a diferentes controles.Os concernentes à neotectônica intraplaca tem interpretado o papel dos esforços deformacionais recentes na evolução dorelevo e da drenagem, conforme tem ocorrido em bordas cratônicas como os cinturões móveis reativados durante a separaçãoda Placa Afrobrasileira e ao longo do Cenozoico. No sudeste brasileiro, o período neotectônico, estabelecido a partir daprimeira fase deformacional das estruturas vinculadas ao rifte sudeste, tem forjado reorganizações nos sistemasgeomorfológicos e engendrado o surgimento de redes de drenagem referenciadas nos níveis de base pregressamenteestabelecidos, como o rio Paraíba do Sul e o próprio Oceano Atlântico. A bacia do rio Paraibuna partilha de um conjunto debacias hidrográficas geradas nessas primeiras fases de reativação firmadas entre o Oligoceno e o Mioceno, apresentandoheranças das estruturas preteritamente formadas e evidências de tectônica ativa, cuja conjugação foi estabelecida medianteuma compartimentação morfoestrutural e morfotectônica, que, comparadas, confirmaram a atuação esperada de diferentescontroles e desvelaram especificidades acerca da tectônica ativa vigente na região. As evidências encontradas, além desublinharem a evolução neotectônica da bacia, sugerem a necessidade de estudos mais verticalizados em blocos locais a partirdas anomalias constatadas na área.
Publisher
Revista Brasileira de Geomorfologia