Abstract
Com este artigo, nos envolvemos nos debates acerca do gosto, que vêm ganhando espaço no campo dos Estudos Organizacionais em diferentes perspectivas teóricas. Nosso objetivo foi compreender o organizar das práticas musicais de amadores com base nas dimensões contextuais de vínculo, formação do gosto e o prazer decorrente deste processo. Adotando uma abordagem qualitativa de pesquisa, os dados foram coletados via entrevistas com músicos amadores da Grande Vitória e analisados a partir de uma técnica que aglutina elementos da análise de conteúdo e da análise em espiral. Os achados permitiram evidenciar a formatividade das “maneiras de musicar”, redes de práticas que emergem relacionalmente das “maneiras de ouvir” e “maneiras de tocar” e se organizam em torno do que chamamos “momentos de arrepios”, momentos de prazer experienciados pelos músicos em seus vínculos e práticas reflexivas de formação do gosto.