Abstract
O território latino-americano é marcado por colonialidades decorrentes dos processos de colonização. Espanhóis, portugueses e europeus chegando à região de Abya Yala — agora América Latina — trouxeram em sua bagagem intentos de invadir para expropriar, buscando colonizar política, cultural e economicamente as populações originárias. Neste processo, a colonialidade impetrada impingiu na educação formal práticas reprodutoras de visões de mundo dos colonizadores, historicamente hegemônicas. Todavia, a multiplicidade de povos da Abya Yala, com suas culturas e práticas peculiares, historicamente aprendeu a sobreviver, resistir e mover-se entre lógicas e códigos coloniais. Partimos de pressupostos de que, nos processos formativos coletivos e individuais, algumas possibilidades de uma decolonialidade na educação passam pela formação docente e se efetivam a partir de uma episte(me)todologia comprometida com a diferença — as diversidades. Neste artigo objetivamos problematizar efeitos da colonização na educação brasileira, especificamente no Ensino Religioso, analisando algumas práticas e exercícios decoloniais na formação docente inicial e continuada. A investigação é de perspectiva bibliográfica e documental, utilizando, especialmente, registros do curso de licenciatura em Ciências da Religião da Universidade Regional de Blumenau, referentes ao período entre 1996 e 2020. Os resultados sinalizam a existência de possibilidades de uma formação que acolhe e reconhece outras histórias, saberes e culturas. Indicam, ainda, a viabilidade de criar espaços de abertura e lugares de diálogo, de romper com hierarquizações de saberes e poderes e do reconhecimento de diversidades epistêmicas e metodológicas — ações que interpelam e afetam o ensino da/para/com a diversidade religiosa no cotidiano da educação básica.
Publisher
Pontificia Universidade Catolica do Parana - PUCPR
Cited by
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