Abstract
Na tríplice fronteira entre os estados do Espírito Santo, Minas Gerais e Rio de Janeiro, inúmeras comunidades negras rurais, apesar do confinamento territorial em função das condições degradantes de trabalho baseadas nas relações escravocratas, relacionam-se por meio de prestações rituais a partir de vínculos com entidades espirituais. Argumenta-se que a parceria mítica entre pretos-velhos e caboclos é um modelo para a simultaneidade e interdependência das relações verticais (irmandades-entidades) e horizontais (comunidades entre si). A partir do conceito local de corrente espiritual, esses vínculos mostram-se fundamentais para se pensar uma concepção de ocupação territorial distinta da propriedade privada.
Publisher
Universidade Estadual de Campinas
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