Abstract
Resumo
Introdução: A Raiva é uma antropozoonose que acomete apenas mamíferos. Todo atendimento por acidente por animal potencialmente transmissor da Raiva deve ser notificado. A correta indicação de uso dos insumos para o tratamento profilático deve obedecer às normas do Ministério da Saúde, para que não sejam prescritos tratamentos incorretos ou desnecessários. Objetivo: Avaliar o desperdício de imunobiológicos e os riscos aos quais pacientes foram expostos devido a prescrições inadequadas da profilaxia antirrábica humana no município de Fortaleza, Ceará, de 2009 a 2019. Método: Estudo descritivo com dados secundários consolidados das Fichas de Investigação de Atendimento Antirrábico Humano do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN). Resultados: Foram incluídas 53.251 notificações de atendimento antirrábico humano nesse trabalho. Deste total, 43,8% prescrições foram incorretas, sendo que 55,7% ofereceram risco à vida do paciente e 42,9% envolveram excesso de vacinas. Além disso, 43,3% continham lacunas em seu preenchimento. Conclusão: Foi possível constatar o alto percentual de fichas de atendimento antirrábico humano com prescrições inadequadas e preenchimento incompleto, evidenciando a necessidade de capacitação dos profissionais de saúde. Sugere-se a inclusão de Médicos Veterinários nos serviços de Atenção Primária e Vigilância Epidemiológica para reduzir erros e otimizar a utilização dos recursos públicos.
Palavras-chaves: Doenças e Agravos de Notificação Compulsória; Raiva; Vacina; Vigilância Epidemiológica.
Publisher
Revista Veterinaria e Zootecnia