Abstract
Estudantes de medicina estão sujeitos a diversos estressores ao longo do curso. O trabalho teve como objetivo analisar a saúde mental, o estresse, o sono e a qualidade de vida do estudante de medicina. A metodologia do estudo é de desenho observacional transversal descritivo. Foram avaliados 249 estudantes de Medicina da Universidade Católica de Pernambuco, através de escalas e questionários padronizados e validados em língua portuguesa medindo percepção de estresse, qualidade de vida, qualidade de sono e saúde mental. A maioria dos estudantes é do sexo feminino e procedente da Região Metropolitana do Recife, considerado um fator de proteção pois estes poderiam contar com o apoio de seus familiares durante o curso, o que minimiza o isolamento social característico dos estudantes de Medicina. O escore médio relativo ao estresse percebido (30,63) ficou acima do valor considerado indicativo de alto nível de estresse. A escala de rastreamento psiquiátrico apontou em 66,9% da amostra suspeita da presença de transtorno psicopatológico, sendo alarmante o índice no sexo feminino. A qualidade de vida foi considerada regular. Foi relatada má qualidade de sono por 72% e presença de possível distúrbio de sono em 17% dos alunos. Conclui-se que há necessidade de acompanhamento do aluno pela instituição e docentes, identificando e prevenindo os fatores associados ao nível elevado de estresse e suas repercussões.
Publisher
Escola Bahiana de Medicina e Saude Publica
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