Abstract
A coqueluche, também conhecida por tosse comprida ou tosse espasmódica, apresenta alta transmissibilidade e distribuição universal, podendo afetar todas as faixas etárias. Objetivo: realizar uma série histórica de dez anos dos casos de coqueluche registrados no Amazonas. Metodologia: Estudo retrospectivo, descritivo, com abordagem quantitativa de dados públicos. Os dados coletados foram obtidos diretamente do Site do hospital referência no Amazonas e SINAN-NET dos anos de 2014 a 2023. Resultados: No período, foram registrados 100 casos dessa patologia sem nenhum óbito. O grupo etário mais acometido pela coqueluche foi o de indivíduos menores de 1 ano de idade, com 64,6%. Entre os adultos houve ainda um predomínio de casos no gênero feminino (57%) e raça parda (66,8%). Os anos de 2014 a 2018 foram aqueles que tiveram o maior número de registros, mas a curva estatística indicando novos casos teve um declive significativo nos anos subsequentes, possivelmente pela boa cobertura vacinal e ações preventivas. Os meses de fevereiro a maio, que correspondem ao período chuvoso no Amazonas, foram os que tiveram o maior número de registro de casos nos dez anos. Conclusão: A vacinação ainda é o meio mais eficiente para quebra de cadeia de transmissão. É necessário manter as salas de vacinas abertas durante todo o horário de funcionamento da unidade, evitar barreiras de acesso e aproveitar as oportunidades de vacinação como consultas ou outros procedimentos.
Reference19 articles.
1. Dias FCF, et al. Perfil epidemiológico da coqueluche na região norte do brasil entre 2012 e 2015. Revista de Patologia do Tocantins. 2017;4(2):72-76. https://sistemas.uft.edu.br/periodicos/index.php/patologia/article/view/3760/9749
2. Torres RS, Santos TZ, Torres RA, Pereira VV, Fávero LA, FILHO OR, et al. Resurgence of pertussis at the age of vaccination: clinical, epidemiological, and molecular aspects. J Pediatr (Rio J). 2015;91:333-8.
3. Caneppa LBQ, et al. Perfil epidemiológico da coqueluche na Região Norte do Brasil nos anos de 2017 a 2020. Brazilian Journal of Development, Curitiba. sep. 2021;7(9):93384-93393. file:///C:/Users/33822280259/Downloads/36543-93021-1-PB.pdf
4. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Coordenação-Geral de Desenvolvimento da Epidemiologia em Serviços. Guia de Vigilância em Saúde: volume único [recurso eletrônico] / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Coordenação-Geral de Desenvolvimento da Epidemiologia em Serviços. 3. ed. Brasília: Ministério da Saúde; 2019.
5. Medeiros ATN, et al. Re-emergência da coqueluche: perfil epidemiológico dos casos confirmados. Cad. Saúde Colet. 2017;25(4):453-459.