Abstract
O orégano (Origanum vulgare) é uma erva utilizada na culinária na forma desidratada, como condimento no preparo dos alimentos. Na medicina tradicional esta erva é utilizada na forma de chás como tônico estimulante, para o alívio de tosse e dores de dente, ouvido e cabeça. Pode ainda, ser empregada para tratar febre, doenças de pele, problemas digestivos e respiratórios. Os principais metabólitos secundários desta espécie pertencem a classe dos monoterpenos e compostos fenólicos, dentro os quais há vários princípios biologicamente ativos, justificando o seu emprego como fitofármaco. Para avaliar o efeito do processo de cozimento sobre os princípios ativos presentes nesta erva, amostras de orégano fresco foram coletadas, secas, e submetidas a decocção por períodos que variaram de 5 a 40 minutos. O perfil dos extratos obtidos foi analisado por Espectrometria de Massas com Ionização por Eletrospray (ESI-MS). A análise dos resultados evidenciou que o perfil químico das amostras, obtidas por decocção, pode ser dividida em dois grupos distintos em função do tempo: um grupo com os tempos de 5,10 e 20 minutos e outro de 30 e 40 minutos. Os resultados mostraram que o perfil químico foi semelhante dentro de cada um dos grupos, porém, diferiram entre os grupos. As amostras pertencentes ao segundo grupo, ou seja, aquelas que foram submetidas a maior tempo de cozimento apresentam grande intensificação dos sinais de massas moleculares correspondentes aos flavonóides glicosilados, possibilitando concluir que o aumento do tempo de decocção favorece a extração destas substâncias cujas propriedades antioxidantes são reconhecidas.