Abstract
Objetivo: Este estudo busca analisar a relação entre a vacinação contra COVID-19 e os desfechos de pacientes com síndrome respiratória aguda grave (SRAG) no Distrito Federal entre 2020 e 2023. Método: Realizamos um estudo descritivo retrospectivo utilizando dados de notificação compulsória de SRAG fornecidos pela Gerência de Vigilância das Doenças Imunopreveníveis e de Transmissão Hídrica e Alimentar (GEVITHA). As informações coletadas incluem idade, sexo, status de vacinação, comorbidades e desfechos clínicos. Para análise estatística, utilizamos testes qui-quadrado, regressão logística e análise de multicolinearidade para verificar a independência das variáveis. Resultados: Nossos dados mostram uma diferença significativa nos desfechos entre os grupos vacinados e não vacinados. A vacinação apresentou um Odds Ratio (OR) de 0,064 (95% CI: 0,051-0,081), p < 0,001, indicando uma proteção significativa contra desfechos graves. A necessidade de suporte ventilatório e a presença de comorbidades, como síndrome de Down e imunodepressão, também foram identificadas como preditores importantes de mortalidade. A análise de multicolinearidade confirmou a robustez do modelo sem problemas significativos. Conclusão: A vacinação contra COVID-19 é crucial na prevenção de infecções graves, mas não é suficiente por si só para prever os desfechos clínicos em pacientes hospitalizados com SRAG. A gestão eficaz de SRAG requer uma abordagem integrada que considere múltiplos fatores clínicos, incluindo a vacinação, suporte ventilatório e comorbidades. Esses achados sublinham a necessidade de estratégias abrangentes na prática clínica e na formulação de políticas de saúde pública para enfrentar a SRAG durante a pandemia de COVID-19.