Abstract
No desenvolvimento da ciência moderna, a arqueologia tem desempenhado um papel significativo na legitimação e manutenção de agendas racistas, patriarcais e opressoras da colonialidade do poder e do saber. Através da análise de três curtas-metragens adotados nos últimos cinco anos em ações de extroversão do conhecimento e educação patrimonial em arqueologia preventiva (In the rough [2005], Uhug – Na Serra da Capivara [2005] e Komum [2010]), busco refletir sobre nosso papel social enquanto arqueólogos e pessoas educadoras e discutir como uma prática irrefletida pode atuar em favor de políticas de apagamento e formas de opressão discursivas e materiais contra grupos minoritários, sobretudo mulheres e povos racializados.
Publisher
Universidade Estadual de Campinas
Reference24 articles.
1. BARKER, Alex. Exhibiting Archaeology: Archaeology and Museums. In: Annual Review of Anthropology, Vol. 39, 2010.
2. BEAUVOIR, Simone de. O Segundo Sexo. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2009 [1949].
3. BEZERRA, Márcia A. O Público e o Patrimônio Arqueológico no Brasil: reflexões para a Arqueologia Pública no Brasil. In: Habitus, v. 1(2): 275-295, 2003.
4. BRILHANTE, Aline V.; NATIONS, Marilyn K.; CATRIB, Ana Maria F. “Taca cachaça que ela libera”: violência de gênero nas letras e festas de forró no Nordeste do Brasil. In: Cadernos de Saúde Pública, v. 34, p. 1-12, 2018. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_abstract&pid=S0102-311X2018000305010&lng=pt&nrm=iso. Acesso em: dez/2020.
5. BUTLER, Judith. Problemas de gênero: feminismo e subversão da identidade. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2003 [1990].