Abstract
Parto do assombro provocado pelo livro de Martha Batalha A vida invisível de Eurídice Gusmão, de 2016. As questões relativas à vida das mulheres na cidade, a experiência das mães e os territórios que elas conformam saltaram aos olhos. Tais questões foram retrabalhadas para compor o filme homônimo, dirigido por Karim Aïnouz, lançado em 2019. Novo assombro. O filme, que dá movimento, voz e cor às personagens, deu ênfase a determinadas ações, cuja memória veio ecoar nas histórias encontradas no centro de João Pessoa, acionando ainda mais outras memórias de histórias vivenciadas. Trago aqui um pouco da vida experienciada na região mais antiga da capital da Parahyba, em seus lampejos de [in]visibilidade, nas expressões do cuidado que remetem às [tantas] narrativas trabalhadas, mas, sobretudo, alimentam um imaginário político sobre futuros possíveis.
Publisher
Universidade Estadual de Campinas
Reference17 articles.
1. A VIDA INVISÍVEL. Direção de Karim Aïnouz. São Paulo: Vitrine Filmes, 2019. (139’).
2. BATALHA, Martha. A vida invisível de Eurídice Gusmão. São Paulo: Companhia das Letras, 2016.
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