Abstract
Introdução: A COVID-19 acarretou alterações no estilo de vida da população, entre eles o desemprego e a restrição a atividades sociais em consequência do isolamento social, que possivelmente impactou nas situações de Insegurança Alimentar e nas práticas alimentares dos sujeitos. Objetivo: O objetivo deste estudo foi avaliar situações de Insegurança Alimentar e caracterizar práticas alimentares de famílias de escolares de instituições públicas de ensino em período de pandemia. Métodos: Foram recrutados responsáveis de crianças do ensino fundamental de municípios do sul de Minas Gerais, no período de outubro a novembro de 2020. Os questionários foram enviados via aplicativos de mensagens, contendo questões sobre Insegurança Alimentar, prátias alimentares e dados socioeconômicos. Foram realizadas análises descritivas e teste de qui-quadrado. Resultados: Os resultados obtidos demonstram que 65,4% estavam em situação de Insegurança Alimentar. Analisando suas práticas alimentares, grande parcela tinha consumo de bebidas açucaradas e ausência de frutas no café da manhã e lanches. Em relação a comensalidade, afirmaram comer com calma e não frequentar fast-foods. Discussão: A alta porcentagem da amostra em insegurança alimentar e as práticas alimentares relatadas ressaltam a necessidade de monitoramento das situações de Insegurança Alimentar e de se estimular a adoção de práticas alimentares mais adequadas, saudáveis e sustentáveis, devido aos impactos ocasionados pela pandemia de COVID-19, o que pode ser conseguido por ações de educação alimentar e nutricional.
Publisher
Universidade Estadual de Campinas