Abstract
Na edição abreviada de O Ramo de Ouro de Georges Frazer (1982), a palavra festaaparece cento e setenta e seis vezes, como tradução da palavra feast. No grande clássico antropológico são abordadas as festas dos fogos, do feijão, dos tolos, de Ano-Novo, da Virgem Diana, do solstício, de pentecostes, de El-Bugat, de Ta-Uz, de Saturno, Nossa Senhora da Conceição e dos talos de trigo, isso só para citar algumas delas. Buscando paralelos entre os eventos, a partir de algumas similaridades no tempo e no espaço, a metodologia e análise empregadas pelo antropólogo são hoje questionadas. Na introdução da obra, na edição de língua inglesa, é Mary Douglas quem alerta ao risco de uma leitura que se atente à coleção de fatos curiosos, e não ao fio analítico que a conduz com precisão. Já na introdução de Darcy Ribeiro, na edição brasileira, o destaque se dá em relação ao seu valor artístico enquanto obra literária. Contudo, não há dúvidas da influência que essa obra produziu no campo de pesquisas interessadas em festas e no que elas podem dizer sobre a magia, a ciência e a religião.
Publisher
Universidade Estadual de Campinas
Reference7 articles.
1. BATAILLE, Georges. Teoria da Religião. São Paulo: Editora Ática, 1993.
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5. GELL, Alfred. Art and Agency. Oxford: The Clarendon Press, 1998.
Cited by
2 articles.
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1. Dossiê artes em festas;Proa: Revista de Antropologia e Arte;2019-07-15
2. Editorial;Proa: Revista de Antropologia e Arte;2018-08-12