Abstract
O Autor faz, inicialmente, uma síntese dos atuais conhecimentos sôbre a natureza química, origem e destinos biológicos das enzimas. Analisa os métodos de separação das iso-enzimas organo-específicas e suas pontencialidades na individualização diganóstica das agressões teciduais. Discute também os critérios de elegibilidade dos testes diagnósticos de enzimas. Aborda as enzimas digestivas, referindo a modificação introduzida pela adição de Pancreozimina ao clássico teste da Secretina e estuda as possibilidades da nova técnica no diagnóstico do Câncer de pâncreas e da pancreatite crônica. Refere também aos estudos sôbre a elevação do Tripsinogênio sérico naquelas doenças, assim como do Inibidor da quimotripsina na avaliação prévia à mastectomia radical, no Câncer de mama. Analisa o valor diagnóstico das enzimas metabólicas, baseando-se na correlação de um grupo de doenças com padrões de respostas fundamentais, dependentes do comportamento das Dehidrogenases Isocítrica e Lática. Focaliza os comportamentos enzimáticos mais importantes no Infarto do miocárdio, salientando os aspectos favoráveis do estudo da Dehidrogenase Hidroxibutírica. Apresenta, em apêndice, esquema das atividades da Transaminase Glutâmica Oxalacética e da Dehidrogenase Lática assim como outros exames laboratoriais no diagnóstico do Infarto pulmonar. Apresenta os aspectos de valor diagnóstico e prognóstico da Aldolase na Distrofia Muscular Progressiva. O Autor faz uma esquematização das atividades enzimáticas de maior valor semiológico em várias formas de Câncer. Refere os estudos realizados com a Fosfohexose Isomerase e a Aldolase na evolução dos Cânceres de mama e próstata. Faz referência particular ao trabalho de WETSTONE e cols., onde se demonstra a importância da Colinesterase no diagnóstico precoce das doenças cancerosas. O Autor apresenta um estudo crítico comparativo das atividades enzimáticas na hepatite a virus, na cirrose do tipo Laennec e sua utilização no discrimine diagnóstico das icterícias intra e post-hepáticas. Na parte final do trabalho são referidos os testes de valor diagnóstico nas disgenopatias vinculadas a perturbações primárias do controle enzimático. O Autor frisa a importância da determinação do “Número de Dibucaína”, teste que permite o rastreamento dos portadores de anomalias congênitas da Colinesterase. Como esta condição patológica não tem manifestações clínicas patentes, a exposição dos pacientes a inibidores da enzima provoca apnéia prolongada, usualmente mortal. Finalizando, o Autor advoga a inclusão do “Número de Dibucaína” como teste rotineiro quando da internação dos pacientes do LN.C., visando impedir as consequências catastróficas do uso inadvertido daqueles inibidores.
Publisher
Revista Brasileira De Cancerologia (RBC)
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