Author:
Untura Lindsay Pâmela,Rezende Laura Ferreira de
Abstract
Introdução: Estudos sugerem que, além dos efeitos sistêmicos, a quimioterapia pode levar a alterações cognitivas nos pacientes. Essas alterações tem recebido crescente atenção devido à repercussão que esses efeitos causam na vida daqueles que sobreviveram após um tratamento para o câncer. Objetivo: Estudar os domínios da função cognitiva prejudicados em pacientes submetidos a quimioterapia, através de uma revisão integrativa sobre os métodos de avaliação utilizados para determinar a presença dessas alterações e os seus possíveis mecanismos de ocorrência. Método: Realizou-se uma revisão integrativa a partir de levantamento bibliográfico de artigos dos últimos dez anos, na base de dados Lilacs, Medline e Pubmed. Foram combinadas aleatoriamente as palavras-chave em português: “quimioterapia”, “cognição”, “neurotoxicidade”, “antineoplásicos”, “câncer”; e em inglês: “chemobrain”, “neurocognitive function”,”chemofog”. Resultados: A função cognitiva apresenta-se prejudicada após a realização da quimioterapia em diversos domínios. Uma vasta gama de métodos de avaliação da função cognitiva foi encontrada, evidenciando uma ausência de padronização. Os possíveis mecanismos pelos quais a quimioterapia provoca prejuízo cognitivo estão relacionados a capacidade de atravessar a barreira hematocefálica; danos ao DNA; regulação das citocinas; reparo neural; alteração genética de neurotransmissores; e alteração nos níveis de hormônios estrógeno e testosterona. Conclusão: Os domínios cognitivos memória verbal, memória de trabalho, função executiva, atenção, concentração, linguagem e velocidade motora são os mais prejudicados em pacientes submetidos à quimioterapia.
Publisher
Revista Brasileira De Cancerologia (RBC)
Cited by
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