Négocier son rapport aux plateformes

Abstract

FR. Les éditeurs de la Presse Quotidienne Régionale (PQR) doivent s’adapter à la présence des plateformes qui ont créé une intermédiation entre eux et leurs publics et ont su se rendre indispensables. Depuis 2018, le rapport aux plateformes s’est encore complexifié puisque ces dernières ont institué la proximité et l’information locale comme axe de développement. Pour mieux comprendre la façon dont la presse locale s’adapte à cette nouvelle donne, des responsables de trois groupes de PQR ont été interrogés. Ces directeurs généraux adjoints, directeur de régie, président directeur général, directeurs de la rédaction, rédacteur en chef web et directeur du marketing ont été questionnés pour identifier les motifs qui président à l’élaboration des stratégies numériques des groupes de presse locale et leurs conséquences dans l’organisation des groupes. Une analyse des parcours et des positions des interrogés permet de mettre en perspective le regard des managers sur les plateformes et leur acculturation au numérique. Leurs représentations et leurs décisions ont des conséquences sur le rapport à l’éditorial et le rapport aux outils des plateformes. Les trois groupes étudiés ont des conceptions des plateformes très différentes et mettent en place des stratégies numériques diverses. A Nice-Matin, le choix a été fait de tenir à distance les plateformes, mais le développement d’une offre éditoriale en ligne qui en reprend en partie les codes est au cœur de la stratégie d’entreprise. Au Groupe La Provence, la stratégie numérique est revendiquée et implique davantage les services annexes à la rédaction. Les plateformes y sont plutôt perçues comme des partenaires de développement. Le Groupe La Dépêche est le plus réticent dans sa façon de construire ses rapports aux plateformes et semble être celui qui a le moins intégré le numérique dans sa stratégie. *** EN. Publishers of regional press in France (Presse Quotidienne Régionale-PQR) must adapt to the presence of web platforms that have become indispensable as intermediators between them and their readers. Since 2018, relationships with the platforms has become even more complex as the latter have established proximity and local news as a development focus. To better understand how the local press is adapting to this new situation, the authors interviewed managers of three groups of PQRs. Deputy directors general, managing directors, presidents and CEOs, editorial directors, web editors and marketing directors were questioned to identify the rationales behind local press groups' web strategies and their consequences in the organization of the groups. Interviewees' backgrounds and positions were analyzed to put into perspective their views of the platforms and their acculturation to the realities of the web. Their representations and decisions have consequences on their relationship with both the newsroom and the platforms' tools. The three groups studied have very different conceptions of the platforms and implement varied online strategies. Nice-Matin, for example, chooses to keep the platforms at a distance, but the development of an online edition that partly uses platform codes is at the heart of the company's strategy. At Groupe La Provence, an online strategy is being applied that involves more services ancillary to news production and the platforms are seen more as development partners. The Groupe La Dépêche is the most restrained in its relationship building with platforms and seems to have least integrated the web into its strategy. *** PT. Os editores da Presse Quotidienne Régionale (PQR) devem se adaptar à presença das plataformas que criaram uma intermediação entre elas e seus públicos e se tornaram indispensáveis. Desde 2018, o relacionamento com as plataformas se tornou ainda mais complexo, pois estabeleceram a proximidade e a informação local como eixo de desenvolvimento. Para entender melhor como a imprensa local está se adaptando a essa nova situação, foram entrevistados gestores de três grupos da PQR. Vice-diretores, diretor de produção, CEO, diretores editoriais, editor web e diretor de marketing foram questionados sobre as motivações por trás do desenvolvimento das estratégias digitais dos grupos de imprensa locais e suas consequências na sua organização. Uma análise dos percursos profissionais e das posições ocupadas pelos entrevistados coloca em perspectiva a visão dos gestores sobre as plataformas e sua aculturação ao digital. Suas representações e decisões têm consequências na relação com os editoriais e as ferramentas das plataformas. Os três grupos estudados têm concepções muito diferentes das plataformas e implementam estratégias digitais diversas. Em Nice-Matin, a escolha foi feita de manter uma distância com relação às plataformas, embora o desenvolvimento de uma oferta editorial online que utiliza parcialmente os seus códigos esteja no centro da estratégia da empresa. No grupo La Provence, a estratégia digital tem sido afirmada, envolvendo serviços auxiliares à equipe editorial. As plataformas são vistas mais como parceiros de desenvolvimento. Já o grupo La Dépêche é o mais reticente na forma como constrói suas relações com as plataformas e parece ser o que menos integrou o digital em sua estratégia. ***