Abstract
<p>O presente artigo pretende contribuir com uma reflexão acerca do pluralismo religioso e da liberdade religiosa na Lusofonia. Revivendo excertos da História desde o século XV até à atualidade pós-colonial da sociedade portuguesa, analisa-se a Lusofonia em duas perspetivas complementares: a do povo colonizador e a dos povos colonizados. Evangelização, colonização e Lusofonia são, e serão sempre, indissociáveis. Para além da uniformização linguística, a Lusofonia imprimiu o seu carácter distintivo nos aspetos de aculturação, miscigenação, plasticidade e política de cristianização. Recorrendo aos dados dos censos nas décadas de 90, 2000 e 2010, adotando uma metodologia documental, estabelece-se um panorama geral da pertença religiosa na Lusofonia. Passando de uma fé de obrigação para uma fé de convicção, a Lusofonia caracteriza-se hoje por uma posição pluralista em matérias religiosas. Analisa-se a situação atual da liberdade religiosa a partir do Relatório da AIS e dos índices GRI (<em>Government restriction index</em>) e SHI (<em>social hostilities involving religion</em>). Do multiculturalismo à aculturação, a plasticidade, o ecletismo e o sincretismo religiosos funcionaram como moderadores face à imposição de um novo credo. O artigo conclui apelando à inclusão da liberdade religiosa nas agendas políticas, com vista à defesa dos direitos humanos e à paz no mundo.</p><p> </p>
Publisher
Pontificia Universidade Catolica de Minas Gerais
Cited by
1 articles.
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