Abstract
Apesar do maior reconhecimento da importância das relações entre saúde, religião e espiritualidade no cuidado em saúde, as universidades brasileiras ainda não fornecem treinamento adequado nesse âmbito. O objetivo desse artigo é compreender como docentes de uma universidade pública brasileira percebem as relações entre saúde, religião, espiritualidade e seu ensino. 10 professores foram submetidos à entrevista semiestruturada e os dados foram analisados por meio da análise de conteúdo. Apreenderam-se três núcleos temáticos e, a partir destes, emergiram cinco categorias: Religião e Espiritualidade: Conceitos superpostos?; Bom ou ruim para a saúde?; Dimensão excluída da prática clínica; Ensino: Seria bom, mas não agora; Questionamentos e barreiras à inclusão no ensino. Os resultados demonstraram que os participantes superpunham os conceitos de religião e espiritualidade, reconheceram seus impactos positivos sobre a saúde, entretanto, enfatizaram seus aspectos problemáticos. O ensino de saúde, religião e espiritualidade não foi considerado prioritário e as crenças do corpo docente parecem influenciar nesta posição. Diante da quantidade e qualidade das evidências científicas sobre o impacto positivo da religião/espiritualidade na saúde, a inserção desse tópico na formação dos profissionais de saúde não deve depender apenas das percepções e/ou preferências do corpo docente universitário.
Publisher
Pontificia Universidade Catolica de Minas Gerais
Cited by
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