Abstract
As sequelas do acidente vascular cerebral tendem a expor as pessoas idosas a um processo de vulnerabilidade. Essa última se configura em uma dinâmica de dependência, exprimindo valores multidimensionais, existenciais e sociais com implicações bioéticas. O objetivo proposto aqui foi de conhecer as vulnerabilidades físicas e psicológicas impostas pelo acidente vascular cerebral e discutilas sob o olhar da bioética. Este é um estudo qualitativo, descritivo-exploratório. A amostra constituiu-se de 20 pessoas idosas com sequelas advindas de acidente vascular cerebral. Os dados foram analisados pelo software IRAMUTEQ. Da análise dos discursos, emergiram as seguintes percepções: “falta de autonomia”, “tristeza e revolta”, “limitação física”, “depressão” e “dependência física”, que se caracterizaram por vulnerabilidades com implicações bioéticas. Concluiu-se que as percepções, quando analisadas à luz da bioética, traduzem- se em vulnerabilidade.
Publisher
Universidad Pontificia Comillas
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