Abstract
Na análise do filósofo Frank Jackson acerca do novo ‘enigma’ da indução de Nelson Goodman, uma crítica é suscitada com relação à própria definição que Goodman oferece para o predicado que lhe dá origem: o predicado grue / verdul. Como este se aplica a coisas observadas até certo momento e verdes, ou a coisas não-observadas e azuis, Jackson defende que essa definição pressupõe uma associação ilegítima entre certas propriedades. Jackson apresenta sua solução afirmando que esmeraldas verduis não existem, na medida em que uma esmeralda futura só poderá ser azul enquanto ela não for examinada. Essa saída está fundamentada na aceitação de condições contrafactuais sob as quais realizamos certos tipos de inferências. Nesse sentido, Jackson acusa Goodman de não abordar com precisão o modo como avaliamos as circunstâncias em que determinados eventos ocorrem, na medida em que elas favoreçam ou não a manifestação de certas propriedades que os objetos possam vir a apresentar. O objetivo aqui será o de mostrar como Jackson fundamenta nossas inferências indutivas na nossa avaliação das condições que as tornam válidas, e sua crítica à ideia de que a projetabilidade dependa de características de certos predicados, como defende Goodman.
Publisher
Ediciones Universidad de Salamanca
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