Author:
Tristoni Marineuza,Aquino Jean Lucas Lopes de,Freire Rodrigo José Bumussa,Martins Petrus Bezerra,Ribeiro Mirian Parolo,Ribeiro Francisco Juniele Soares,Barros Marina de Sousa,Medeiros Nalyanna Costa de,Melo Larissa de Paula,Oliveira Felipe Delano de Arcoverde,Sales Laécio Trajano de,Benjamin Isabel Danielly Cavalcanti Pinto,Martins Lívia Maria Bezerra,Souza Luiz Eduardo Oliveira Forte Ferreira de,Castro Marcelo dos Santos,Barros André Nunes Lopes,Benez Rafaela Rodrigues,Amaral José Makary Paiva do,Lira Mateus Gomes de,Silva Francisca de Assis,Vieira Victoria Cabreira,Vieira Yago Magrini dos Santos,Oliveira Barbara Nunes Luiggi de
Abstract
Introdução: O hidrotórax hepático é definido como a presença de uma efusão pleural significativa em pacientes com cirrose hepática, sem outras causas subjacentes para a efusão, como doenças cardíacas, pulmonares ou pleurais. Esta condição acomete cerca de 5 a 15% dos pacientes com cirrose e está associada a complicações como ascite, encefalopatia hepática e aumento da mortalidade. Objetivo: avaliar detalhadamente a patogênese, manifestações clínicas e diagnóstico do hidrotórax hepático. Metodologia: Essa revisão integrativa da literatura, foi realizada por busca em base de dados de artigos que correspondessem ao tema proposto. Incluiu-se avaliação dos artigos elegíveis na íntegra, excluindo aqueles que não se enquadram nos objetivos do estudo, teses e dissertações, sem contabilizar duplicatas. Resultados e Discussão: Os resultados da revisão indicam que o hidrotórax hepático resulta da passagem de líquido ascítico da cavidade peritoneal para a cavidade pleural através de pequenos defeitos no diafragma. Este processo é facilitado pela pressão intratorácica negativa gerada durante a inspiração, combinada com o aumento da pressão intra-abdominal. Clinicamente, os pacientes podem apresentar sintomas respiratórios significativos mesmo com pequenos volumes de efusão pleural, incluindo dispneia, tosse não produtiva e dor torácica pleurítica. A infecção do líquido pleural, conhecida como empiema bacteriano espontâneo, é uma complicação frequente e grave. O diagnóstico do hidrotórax hepático requer a documentação da efusão pleural e a exclusão de outras causas. A toracocentese é fundamental para a análise do líquido pleural, e estudos de imagem, como a tomografia computadorizada e a ecocardiografia, são essenciais para excluir outras patologias e confirmar a presença de comunicação entre as cavidades peritoneal e pleural. Conclusão: o hidrotórax hepático é uma complicação séria da cirrose hepática que requer uma tomada de conduta precoce. A compreensão de sua patogênese, manifestações clínicas e critérios diagnósticos permite intervenções mais eficazes, reduzindo a morbidade e melhorando a qualidade de vida dos pacientes afetados.
Publisher
South Florida Publishing LLC