A ESCOLA DAS MUITAS EXCLUSÕES: COMO A INSTITUIÇÃO ESCOLAR CONTRIBUI PARA A MANUTENÇÃO DE DESIGUALDADES

Abstract

O sistema escolar pode ser entendido como uma importante forma de socialização de saberes morais, assim como de propagação de ideologias. Dessa forma, ele possui duas possíveis atuações: combater ou perpetuar desigualdades presentes na sociedade. Ao analisar as contribuições da escola para a manutenção de desigualdades, percebem-se três formas a partir das quais ela pode ser considerada importante para a perpetuação de exclusões. A primeira forma é caracterizada por um processo de invisibilização de grupos e situações, o que contribui para um desconhecimento que acarreta na sustentação de conceitos errôneos pré-formados. A segunda diz respeito a situações que favorecem a perpetuação dentro do ambiente escolar, sendo essas a desvalorização de diferenças e a tentativa de homogeneização dos alunos. Já a terceira se refere à forma como a educação não é democratizada e, por isso, não necessariamente o direito à educação é garantido para todos, o que impede a superação de desigualdades, sendo então mais um fator perpetuador. O objetivo deste artigo, então, é analisar, com base em pesquisas bibliográficas, as três formas de perpetuação de desigualdades a partir do pressuposto de que a escola é um espaço de muitas exclusões. Deve-se, por fim, ter em mente que assim como a escola é essencial para que diversas desigualdades sejam mantidas, ela é igualmente fundamental para que essas possam ser superadas.