ANSIEDADE-ESTADO EM ESTUDANTES DO CURSO DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE PERNAMBUCO

Abstract

A ansiedade constitui atualmente uma das principais queixas entre os estudantes universitários, especialmente os da área de saúde. O presente trabalho busca, então, analisar os níveis de ansiedade-estado dos estudantes de medicina da Universidade Católica de Pernambuco, correspondente ao estado emocional de ansiedade do indivíduo em apenas um dado momento, ou seja, o modo como ele reage a situações estressantes típicas da rotina de um aluno da área de saúde, em determinado dia. Foram também considerados fatores sociodemográficos (sexo, idade, estado civil, período em curso, função empregatícia e realização de outra graduação anteriormente) e a interferência dos mesmos nos escores de ansiedade-estado. Para isso, foi utilizado o Inventário de Ansiedade-Estado – IDATE, composto por 20 afirmativas relacionadas com o estado emocional do indivíduo no momento da aplicação do questionário. Os participantes assinalam cada assertiva com um número de 1 a 4, de acordo com a intensidade do que sentem, sendo 4 o número que representa a maior intensidade. Os participantes são todos voluntários e maiores de 18 anos, estando cientes da pesquisa e dos objetivos, além disso, assinam um termo de consentimento livre e esclarecido (TCLE), antes de responder ao questionário, sendo assegurados que terão identidade preservada. Nos resultados, foi visto que 80 % dos estudantes possuem escores médios de ansiedade-estado e os demais possuem escore alto, sendo que nenhum obteve escore baixo. Pôde-se observar que o fator sociodemográfico mais relevante nos escores foi a idade, já que a maioria dos estudantes com escore alto no momento da coleta dos dados tinham 22 anos ou menos, mostrando que os mais jovens possuem mais dificuldades de lidar com estímulos estressantes e controlar o estado de ansiedade, estando assim mais propícios aos sintomas típicos das crises de ansiedade e suas consequências.