UMA PERSPECTIVA HISTÓRICA DO MOVIMENTO ANTI-PSIQUIATRIA E DOS SEUS PRINCIPAIS INTERVENIENTES: UMA REVISÃO DA LITERATURA

Abstract

A Antipsiquiatria é um movimento que surgiu nas décadas de 1960 e 1970, que desafiou a abordagem tradicional dos cuidados de saúde mental e o papel da Psiquiatria na sociedade. O movimento, influenciado pela contracultura da época, caracterizou-se pela rejeição da Psiquiatria tradicional e, pela demanda, por abordagens alternativas, para o tratamento de doenças mentais. As origens da Antipsiquiatria remontam ao trabalho de vários pensadores-chave no início e meados do século XX. Na década de 1930, o filósofo Martin Heidegger desafiou a ideia de que a doença mental poderia ser totalmente compreendida por meio de métodos científicos, argumentando que as experiências subjetivas do indivíduo eram tão importantes quanto qualquer critério diagnóstico objetivo. Enquanto isso, o Psicanalista Sigmund Freud e seus seguidores também questionavam a medicalização da doença mental, argumentando que, muitas vezes, a doença mental, estava enraizada em conflitos inconscientes e traumas infantis, cuja cura não seria alcançada pela abordagem psicofarmacológica. O impacto do movimento Anti-Psiquiatria continua vivo nos esforços contínuos para reformar os cuidados de saúde mental e promover os direitos e a dignidade das pessoas com doenças mentais. Embora suas ideias ainda possam ser controversas em alguns círculos, não há como negar o profundo impacto que ele teve no campo da psiquiatria e no cenário social e político mais amplo do século XX.