Author:
Silva Marcelo Vinícius Pereira,Rego Thalia Gabriela Queiroz,Antunes Gyovanna Beal Barbieri,Cavalcante Kliô Alexis,Rocha Isaac Manoel,Lima Mariana Aisla Pereira,Santos Carla Denise Alves dos,Faião Frederico Silva,Melo Rodrigo Penha Freitas de,Menezes Rebecca Santos de,Claros Fernanda Mayara Oliveira,Ernesto Isabelly Alves,Gomes Rafael Santiago,Martins Paulo Vinícius Rissatti,Santos João Pedro Aquino dos,Fernandes Milena Fernanda de Oliveira,Carvalho Pedro Henrique de,Marques Carolina
Abstract
Introdução: Arbovírus, transmitidos por mosquitos, são uma ameaça à saúde pública no Brasil, com destaque para Dengue (DENV), Chikungunya (CHIKV) e Zika (ZIKV). Este estudo analisa a mortalidade por arbovírus e febres hemorrágicas virais no Brasil entre 2013 e 2023, com foco em tendências temporais, sazonais, distribuição geográfica, e variações por gênero e faixa etária. Metodologia: O estudo retrospectivo e ecológico utilizou dados do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM) do Ministério da Saúde do Brasil. Os óbitos foram classificados segundo códigos da CID-10 relacionados a arbovírus e febres hemorrágicas virais. A análise incluiu tendências temporais, distribuição regional e variações sazonais da mortalidade, utilizando Google Planilhas e Canva para gráficos e métodos descritivos para a análise estatística. Resultados: De 2013 a 2023, foram registrados 10.775 óbitos por arbovírus e febres hemorrágicas virais. A mortalidade foi maior entre fevereiro e junho, com pico em abril. A mortalidade aumentou com a idade, sendo mais alta entre homens idosos. As taxas anuais de mortalidade variaram, com picos em 2022 e 2023, e a incidência foi maior em áreas favoráveis à proliferação de vetores. Discussão: As arboviroses representam um desafio para a saúde pública devido à semelhança dos sintomas, dificultando o manejo clínico. A mortalidade aumentada durante o inverno e entre homens idosos sugere a necessidade de estratégias específicas para esses grupos. As flutuações anuais nas taxas de mortalidade indicam a influência de fatores ambientais e climáticos, destacando a necessidade de políticas públicas eficazes e vigilância robusta. Conclusão: O estudo identificou padrões sazonais e regionais na mortalidade por arbovírus e febres hemorrágicas virais no Brasil. É crucial implementar estratégias contínuas e eficazes de controle e vigilância, especialmente durante os meses de maior risco e para populações vulneráveis. Limitações incluem possíveis sub-registros e a qualidade dos dados do SIM. Futuras pesquisas devem explorar a interação entre mudanças climáticas, desmatamento e a epidemiologia das arboviroses e desenvolver estratégias de prevenção e controle mais robustas.
Publisher
South Florida Publishing LLC
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