DELIRIUM INFECCIOSO: MANIFESTAÇÕES NEUROLÓGICAS DA DENGUE

Abstract

Este estudo explora a relação entre o delirium e a infecção por dengue, uma doença viral transmitida pelo mosquito Aedes aegypti. A literatura indica uma associação entre pacientes críticos e episódios de delirium, destacando mecanismos neurobiológicos envolvidos. A pesquisa foi realizada por meio de uma revisão de literatura, utilizando a ferramenta Prisma (2020) para selecionar os dados. Foram identificados 27 artigos, dos quais 16 foram utilizados para atingir os objetivos propostos. Critérios de inclusão consideraram estudos disponíveis eletronicamente, em inglês ou português, enquanto os critérios de exclusão incluíram livros, artigos com mais de 6 anos, estudos fora da temática e trabalhos que não responderam às questões principais. Os resultados sugerem que a dengue pode desencadear um quadro delirante agudo devido à inflamação induzida pelo sistema imunológico. A dengue pode provocar uma "tempestade de citocinas", comprometendo o funcionamento cerebral e contribuindo para o delirium. O tratamento do delirium infeccioso foca na correção da causa subjacente e na eliminação de fatores agravantes, não havendo um medicamento específico para o delirium. Portanto, é crucial direcionar o tratamento à doença que provoca o estado confusional. Compreender os mecanismos biológicos do delirium na dengue pode guiar o manejo clínico, prevenir complicações graves e acelerar a recuperação do paciente. Contudo, ainda há lacunas no entendimento dessa relação, necessitando de novas pesquisas para esclarecer essa associação e desenvolver estratégias eficazes de prevenção e tratamento do delirium infeccioso.