Author:
Espírito Santo Pedro Otávio Rubira do,Silva Ana Luísa Negrão,Silva Gabriel Henrique Salvatori,Abrão Maria Eugênia Rocha Gonçalves de Oliveira,Lima Marina Zanatta Pessoa de,Matos Raíssa Varanda Dantas,Rossetti Rogério,Santos Hugo Dias Hoffmann,Dombroski Thais Caroline Dallabona
Abstract
Objetivo: realizar uma análise comparativa entre as características clínicas e epidemiológicas da febre maculosa em populações pediátricas e adultas, relacionando com as variáveis utilizadas no estudo, para entender as diferenças entre as faixas etárias. Métodos: Estudo epidemiológico, observacional, de delineamento transversal com dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN-DATASUS) referentes a casos confirmados de febre maculosa no Brasil entre janeiro de 2007 e dezembro de 2022, incluindo indivíduos de todas as faixas etárias. AS variáveis incluídas no estudo foram idade, sexo do paciente, sinais e sintomas clínicos, reservatórios, local de provável infecção, dados clínicos e de diagnóstico. Os microdados foram extraídos diretamente do servidor do DATASUS por meio de script em linguagem R. Para as análises de associação entre as variáveis explicativas e o desfecho, foi utilizado o teste qui-quadrado de Pearson, considerando nível de significância de 0,05. Como medida de associação foi utilizada a odds ratio (OR) ajustada pelo modelo de regressão logística e respectivo intervalo de confiança a 95% (IC95%). Todas as análises foram realizadas no software R versão 4.3.2 (R Core Team, Vienna, Austria). Resultados: Foram analisados 2709 perfis de febre maculosa, em ambos os grupos, o sexo masculino foi o majoritário, 71,65% em adultos e 62,40% no grupo pediátrico. Febre foi o sintoma mais recorrente, respectivamente, 91% em adultos e 95% na população pediátrica; a hospitalização nas crianças ocorreu com maior frequência: 72,40%, enquanto nos adultos 58,51%, o contato com carrapato foi similar: 85,96 % em adulto e 79,10% no pediátrico, os adultos frequentaram com maior frequência floresta, rio ou cachoeira 80,16 % em comparação 65,11% no grupo pediátrico. Conclusão: O sexo masculino foi mais suscetível, com o ambiente doméstico sendo o local de maior contágio. Na maioria das vezes, crianças são assintomáticas, enquanto na população adulta os sintomas mais comuns incluem dor de cabeça e mialgia. O diagnóstico laboratorial geralmente é limitado, e as taxas de mortalidade são altas.
Publisher
South Florida Publishing LLC
Reference16 articles.
1. ÁLVAREZ-HERNÁNDEZ G, ROLDÁN JFG, MILAN NSH, LASH RR, BEHRAVESH CB, PADDOCK CD. Rocky Mountain spotted fever in Mexico: past, present, and future. Lancet Infect Dis. 2017;17:e189–96. 10.1016/S1473-3099(17)30173-1.
2. BRASIL. Ministério da Saúde. Departamento de Articulação Estratégica de Vigilância em Saúde. Guia de Vigilância Epidemiológica. Brasília; 2022. DOI: 10.36557/2674-8169.2023v5n3p1237-1258.
3. BRASIL. Ministério da Saúde. Departamento de Imunizações e Doenças Transmissíveis. Febre Maculosa: Aspectos Epidemiológicos, Clínicos e Ambientais. 1a ed. Brasília: Ministério da Saúde; 2022. Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/centrais-de-conteudo/publicacoes/svsa/febre-maculosa/febre-maculosa-aspactos-epidemiologicos-clinicos-e-ambientais.pdf.
4. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância Epidemiológica. Sistema de Informação de Agravos de Notificação–Sinan: normas e rotinas. Brasília, DF: Editora do Ministério da Saúde, 2006. 80 p. Disponível em: http://bvsms.saude.gov. br/bvs/publicacoes/sistema_informacao_agravos_noti!cacao_sinan.pdf. Acesso em: 19 jan. 2021.
5. Espírito Santo. Secretaria de Estado da Saúde. Gerência de Vigilância em Saúde. Núcleo Especial de Vigilância Epidemiológica. Monitoramento da Febre Maculosa: Semana Epidemiológica 1 à 27 de 2023. 2023. Disponível em: https://saude.es.gov.br/Media/sesa/Febre_Maculosa/Boletins/Boletim_Epidemiol%C3%B3gico_Febre%20Maculosa_SE_27.pdf.