EFICÁCIA DA TERAPIA COMPORTAMENTAL EM CRIANÇAS COM SÍNDROME DE TOURETTE: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA
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Published:2024-09-04
Issue:9
Volume:4
Page:e5627
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ISSN:2447-0961
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Container-title:Revista Contemporânea
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language:
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Short-container-title:Rev. Contemp.
Author:
Leite Letícia dos Anjos,Coelho Aléxia Victória Monteiro,Santos Jhivago de Veras,Sales Laura Polliana Bonfim,Souza Neto Antônio Ferreira de,Cunha Vinícius César Penha da,Pereira Letícia Soares,Maranhão Raissa Lira,Oliveira Thiago Vinícius Gomes de,Silva Ana Júlia Alves da,Arruda Giovanna Cecília Freitas Alves de,Medeiros Émerson Paz de,Gonçalves Rodrigo José de Sousa,Morais Ariosto Afonso de,Carvalho Laíse Roriz de
Abstract
A Síndrome de Tourette (ST) é um transtorno neuropsiquiátrico que se manifesta principalmente por tiques motores e vocais, e é frequentemente associada a comorbidades como Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC) e Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH). Embora os tratamentos farmacológicos sejam amplamente utilizados, seus efeitos colaterais podem ser significativos, o que leva à busca por alternativas mais seguras, como a terapia comportamental. Este estudo realizou uma revisão sistemática da literatura, seguindo as diretrizes PRISMA, para avaliar a eficácia da terapia comportamental em crianças com ST. Foram incluídos estudos randomizados controlados (RCTs) e ensaios clínicos não randomizados que investigaram intervenções comportamentais, como a Terapia Comportamental Cognitiva (TCC) e a Intervenção Comportamental Abrangente para Tiques (CBIT), em crianças com ST. A pesquisa foi realizada em bases de dados como PubMed, Scopus e Web of Science, e a qualidade metodológica dos estudos foi avaliada utilizando a escala de Jadad. Os resultados indicaram que a terapia comportamental, particularmente a CBIT, é eficaz na redução da gravidade dos tiques em crianças com ST. Além disso, a ausência de efeitos colaterais significativos torna essa abordagem uma opção atraente, especialmente para pacientes pediátricos. No entanto, desafios como a disponibilidade limitada de terapeutas qualificados e a falta de dados sobre os efeitos a longo prazo da terapia comportamental ainda precisam ser superados. Em conclusão, a terapia comportamental deve ser considerada uma opção de primeira linha no tratamento da Síndrome de Tourette em crianças, oferecendo uma alternativa eficaz e segura aos tratamentos farmacológicos. Estudos futuros devem concentrar-se na identificação de fatores preditivos de sucesso e na avaliação dos efeitos a longo prazo dessas intervenções para melhorar ainda mais os resultados clínicos.
Publisher
South Florida Publishing LLC
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