Author:
Santana Luciano Rodrigues,Alves Kelly Cardoso de Araújo,Dos Santos Eder Luz Xavier dos Santos,Pinto Rosicler Aparecida,Da Silva Júnior Josias José,Silva Marindalva Ribeiro Magalhães,Da Rocha Wânia Gonçalves,Martins Heloiza Helena Rodrigues,Roque Viviane Almeida de Oliveira,Barbosa Cleidimar Rodrigues Lopes
Abstract
O modo de se conceber os limites e as potencialidades dos alunos exerce influência direta sobre a forma como se conduzirá o processo de ensino e aprendizagem. Esse artigo tem como objetivo discutir sobre o viés patológico e suas implicações no processo de escolarização com vista a responder: Porque a ideia de patologização na escola tornou-se um problema? Para responder a tal questionamento foi feita uma pesquisa bibliográfica que recorreu a contribuição proveniente de autores como Michael Foucault (2010) que tratou a respeito da construção social da normalidade; Erving Goffman (2004) que abordou aspetos voltados ao estigma e discriminação; Silberman (2016) que descreveu aspectos voltados a diversidade humana e Souza (2018) que levantou questões sobre a neurodiversidade. Os resultados mostraram que os construtos sociais acabam por exercer formas de controle e poder capazes de moldar comportamentos e ações; os estigmas e processos de discriminação ameaçam o processo de subjetivação de forma injusta e com restrição de oportunidades; dentro do processo de ensino-aprendizagem a patologização transfere o foco do aluno para a patologia e reduz as possibilidades pedagógicas. Conclui-se que a ideia patologização na escola torna-se um problema à medida que cede o lugar que deveria ser ocupado por estratégias pedagógicas a intervenções medicamentosas ou a crenças limitantes atribuídas a capacidade do aluno.
Publisher
South Florida Publishing LLC
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