Abstract
O objetivo deste ensaio é discutir as potencialidades e, sobretudo, os limites do emprego de métodos experimentais e quase-experimentais na avaliação de programas públicos. Inicia-se com uma breve apresentação do desenho experimental clássico, seus requisitos e conceitos relacionados, como validades interna, externa e contrafatual. Em seguida, são abordadas as modalidades de desenhos quase-experimentais de avaliação, modelos que flexibilizam os requisitos do experimento clássico. Em duas seções de natureza crítica, apontam-se as limitações éticas, políticas e operacionais dos desenhos experimentais e quase-experimentais na avaliação de programas e, depois, as motivações político-institucionais da resiliência dessa abordagem diante de conhecidos e recorrentes problemas de robustez.
Subject
Psychiatry and Mental health
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