Evolução do fator de potência em residências e suas implicações para o setor elétrico

Abstract

Nas últimas décadas, os padrões de consumo de energia elétrica em residências no Brasil têm passado por mudanças, como a substituição de lâmpadas incandescentes por fluorescentes ou LED, popularização de eletrônicas e, em certa medida, popularização de aparelhos de ar-condicionado. Aparelhos que não são puramente resistivos consomem, além de energia ativa, energia reativa e, portanto, essas mudanças em aparelhos elétricos típicos de residências fizeram com que o consumo de energia reativa crescesse consideravelmente mais que o consumo de energia ativa, exigindo do sistema elétrico mais provimento desta energia reativa. Neste trabalho, foram feitas estimativas dessa mudança recente nos padrões de consumo de energia reativa em residências para avaliar seus impactos para o setor elétrico brasileiro. Os resultados mostram que formas mais detalhadas de medição e cobrança por energia elétrica em residências, com separação de consumo de energia ativa e reativa, por exemplo, podem ser mais justas para os consumidores, além de estimular um consumo que alivie a necessidade de provimento de reativos no sistema elétrico nacional.