Abstract
Cerca de 10% dos casos de câncer de mama e 25% dos casos de câncer de ovário estão associados a alguma síndrome hereditária. O acesso ao diagnóstico de alterações genéticas ainda é limitado no Sistema Único de Saúde (SUS), apesar da constante queda no custo dos testes. A rede de atendimento a pacientes com câncer hereditário praticamente inexiste no setor público do estado de Minas Gerais e o rastreamento com ressonância magnética de mamas não está disponível, assim como a mastectomia bilateral profilática, mesmo com a existência de lei estadual que garanta o direito a este atendimento. A custo-efetividade do diagnóstico genético está bem estabelecida e precisamos com urgência da estruturação de serviços de oncogenética nas diversas regiões do estado.