Author:
Isabel Vallilo Maria,Tavares Mário,Aued-Pimentel Sabria,Lima Garbelotti Maria
Abstract
Estudou-se a composição química das sementes de Lonchocarpus muehlbergianus Hassl., pertencente à família Leguminosae Faboideae (= Papilionoideae). Os frutos procederam do Parque Estadual do Morro do Diabo, Município de Teodoro Sampaio, SP. A determinação de umidade, cinzas e lipídios foi realizada por métodos gravimétricos; protídios, pelo processo digestão Kjeldahl; fibras, pelo método enzimático-gravimétrico da AOAC, modificado por Lee; elementos inorgânicos, pela técnica da espectrometria de emissão atômica acoplada ao plasma indutivamente (ICP-AES) e os ácidos graxos, por cromatografia em fase gasosa. As sementes revelaram altos teores de lipídios (26,8 g/100g), protídios (25,9g/100g) e fibras alimentares (18,4 g/100g). Na fração oleosa foram identificados predominantemente os ácidos palmítico (11,65%), oléico (56,0%) e linolênico (12,9%), ácido graxo essencial da série ômega-3. As sementes apresentaram conteúdos elevados para P (0,214 g/100g), Mg (0,135 g/100g) e K (0,458 g/100g) e concentrações menores a nível de mg/g para Al (47 mg/g), Zn (33 mg/g) e Fe (23 mg/g), não tendo sido detectados metais pesados (Cd, Ni, Pb). Os resultados favorecem o uso das sementes para o enriquecimento de rações e/ou produtos alimentícios, no entanto, sugere-se a pesquisa de rotenona, referida como substância tóxica, presente nas folhas e raízes do gênero Lonchocarpus.
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5. 5. Brasil, Leis, decretos, etc. Portaria nº 695/98 da Secretaria de Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde. Diário Oficial, Brasília, 24 set. 1998. Seç. I, nº 183-E, p. 3. Aprova o Regulamento Técnico: “Princípios Gerais para o Estabelecimento de Níveis Máximos de Contaminantes Químicos em Alimentos” e seu Anexo: “Limites máximos de tolerância para contaminantes inorgânicos”.