Author:
Y. Kanamura Herminia,C. S. Dias Luiz,M. Glasser Carmen,M. Silva Rita,L. F. de Camargo-Neves Vera,A. G. Vellosa Sylvia,Gargioni Cybele,L. C. Lima Virgília,M. F. Guercio Vânia,R. A. M. Marques Gisela,Esther de Carvalho Maria
Abstract
O controle da esquistossomose no Estado de São Paulo iniciou-se ao final da década de 60, tendo como linhas mestras o uso de moluscidas e a de quimioterapia. Apesar da aparente redução nos níveis de infecção, o Sistema de Vigilância Epidemiológica do Estado tem registrado continuamente casos autóctones da doença, tendo-se observado ampliação das áreas de transmissão. Com o objetivo de buscar-se método diagnóstico mais sensível para fins epidemiológicos em áreas de baixa endemicidade, onde o exame de fezes se mostra pouco eficiente, uma técnica sorológica foi avaliada em quatro áreas consideradas endêmicas para Schistosoma mansoni (Sm) no Estado. Amostras de fezes e de sangue absorvido em papel-filtro foram coletadas de populações de quatro áreas de transmissão com diferentes perfis epidemiológicos, acompanhando-as, por um período de 2 anos, com cinco inquéritos, a intervalos semestrais. Dados de prevalência e incidência obtidos pela aplicação da reação de imunofluorescência para anticorpos IgM contra tubo digestivo de Sm (RIF-IgM) e do exame de fezes (Kato-Katz) foram analisados comparativamente nas quatro áreas estudadas. Foi possível diferenciar os níveis de endemicidade das áreas estudadas com maior sensibilidade que pelo método parasitológico e detectar sazonalidade em algumas das áreas, através da observação de taxas de soroconversão de RIF-IgM. Esta soroconversão, passando de negativo para positivo, indicando provável infecção recente, foi mais freqüente nos inquéritos realizados no 1º semestre do ano (pós-verão). A RIF-IgM demonstrou ser útil para estudos epidemiológicos da esquistossomose, podendo constituir método diagnóstico, tanto na fase aguda como crônica.
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