Author:
Mello Filho Gomes Alexandre,Albano Sandoval Lauro,Reis Rodrigues Nelson,Ximenes José,Bastos de Matos Daniel
Abstract
Em 1966, demonstrávamos pela primeira vez no Brasil, que existe contaminação penicilínica no leite "in natura" de consumo da Capital - cerca de 1milhão de litros diários. Tornou-se imperioso pois, em decorrência, o desenvolvimento de igual pesquisa em relação ao seu derivado mais direto, o leite em pó. A partir de métodos baseados na inibição do crescimento de germes de prova, ou seja, o da placa-agar-esporos de Bacillus subtilis A.T.C.C., 6633, o da redução do C.T.T. (cloreto de 2-3-5 trifenil tetrazólio ) , e da pesquisa do grau maior ou menor da acidez do leite semeado com Streptococcus termophilus e Lactobacillus bulgaricus, chegamos à conclusão de que o leite em pó integral do consumo em S. Paulo veicula igualmente penicilinas em potências variadas de 0,05 a 0,5 U/g e veicula também inibidores microbianos outros, não identificados, possivelmente também antibióticos. Tendo em vista os fatos analisados, a nosso ver urgentes medidas devem ser tomadas, tais como: 1. Promoção governamental de uma pesquisa de âmbito nacional que exprima a situação real global do problema; 2. Desenvolvimento de uma campanha de esclarecimento visando afastar da ordenha o gado em tratamento antibiótico ou sulfamídico; 3. Emprego adequado do antibiótico-suplementação nas rações alimentares bovinas; 4. O rigoroso policiamento sanitário, determinando, em todo laboratório de controle higiênico de leite, sistemático exame do produto advindo do interior, topograficamente região por região, visando localizar os focos de produção do leite inquinado e o seu saneamento dentro do prazo o mais rápido possível. E o estabelecimento de critério que considere fraudado o leite veiculando reiteradamente substâncias inibidoras do crescimento microbiano, principalmente se antibiótico, quer acrescentado direta ou indiretamente.
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