Abstract
O objetivo deste artigo é fazer um balanço crítico da proposta metodológica de Quentin Skinner, com base no contexto linguístico, para a interpretação de escritos políticos do passado. Num primeiro momento, são apresentadas as justificativas e características da metodologia proposta, cuja principal diretriz é reconstituir o contexto discursivo no qual o texto se inscreve, as convenções linguísticas que regem o tratamento dos temas abordados e a intenção de seu autor ao escrevê-lo. Em seguida, são analisadas as principais objeções ao contextualismo linguístico de Skinner e as respostas dadas aos seus críticos. Por fim, é discutida a relevância da metodologia proposta para a compreensão das ideias políticas de autores do passado.
Publisher
Universidade Federal de Goias
Reference66 articles.
1. AUSTIN, John. How to Do Things with Words. Oxford: Oxford University Press, 1962.
2. BARROS, Alberto. Quentin Skinner e a liberdade republicana em Maquiavel. Discurso, v.45, p.187 – 206, 2015.
3. BERLIN, Isaiah. Two Concepts of Liberty. In: BERLIN, Isaiah. Four Essay on Liberty. Oxford: Oxford University Press, 1969. p. 118-172.
4. BEVIR, Mark. The Errors of Linguistic Contextualism. History and Theory, v. 31, p. 267-98, 1992.
5. BOUCHE, David. Texts in Context: Revisionist Methods for Studying the History of Ideas. Dordrecht: Martius Nijhoff, 1985.