Abstract
Este artigo aborda a espessura de manifestações da cultura popular recifense, os chamados sons não esquizofônicos, surgidos e disseminados a despeito das possibilidades técnicas que constituem o fenômeno da esquizofonia – o rompimento entre a origem e a emissão sonora. Durante a pesquisa, foram fundamentais, além do levantamento bibliográfico, os trabalhos de campo: visitas técnicas e entrevistas semiestruturadas. Foram abordadas a tipologia e a topologia das manifestações não esquizofônicas no Recife, abrigadas, sobretudo, na periferia metropolitana. Enfocou-se o recente adensamento em torno do maracatu na capital pernambucana, e esmiuçaram-se os nexos entre cultura popular e paisagem sonora no bairro dos Coelhos. Trata-se de uma análise do território usado, lançando um olhar sobre o cotidiano de uma metrópole marcada, a um só tempo, tanto por desigualdade socioterritorial, quanto por riqueza e diversidade culturais.Palavras-chave: Uso do Território, Cultura Popular, Esquizofonia, Paisagem Sonora, Recife.
Publisher
Universidade Federal de Goias
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