Abstract
A segurança das pessoas e o elevado valor dos bens construídos e dos seus conteúdos, bem como a sua criticidade na satisfação das necessidades básicas e bem-estar das comunidades, sempre suscitaram preocupações quanto à sustentabilidade, resiliência e fiabilidade do ambiente construído. A resiliência dos ativos construídos está frequentemente ligada à formulação de políticas e estratégias para o ambiente construído após eventos catastróficos ou traumáticos. É um conceito multidimensional que abrange aspetos físicos, infra-estruturais, ambientais, económico-sociais, regulamentares e organizacionais. O presente artigo apresenta os resultados da aplicação de um sistema de classificação de resiliência assente numa abordagem holística, abrangente e sistemática, a diferentes tipos de edifícios, em qualquer fase do seu ciclo de vida. Em particular, analisa a resiliência de edifícios de escolas públicas portuguesas a diferentes riscos do ponto de vista da engenharia, nomeadamente no que diz respeito à segurança estrutural e de manutenção do edifício. Os edifícios escolares analisados, construídos ao longo do século XX, tiveram intervenções alargadas, entre 2009 e 2011, no âmbito de um programa nacional de investimento público. Os edifícios foram analisados antes e após intervenções de reabilitação. Relativamente a indicadores económicos e a investimento potencial, nota-se que as intervenções de reabilitação apresentam impacto positivo na classificação da resiliência.
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