Abstract
O fogo é um instrumento do desflorestamento, devido seu emprego na conversão de vegetação em pastagens e agricultura, sendo difícil monitorá-lo, devido à grande dimensão do Estado do Pará. O sensoriamento remoto e o geoprocessamento são alternativas que favorecem esse monitoramento. Assim, objetivou-se avaliar a dinâmica dos focos de calor na Microrregião de Paragominas, Estado do Pará, Norte do Brasil, sob a ótica do desmatamento e agricultura. Utilizou-se vetores dos focos de calor, desmatamento e agricultura, sendo analisados em escala multitemporal, entre os anos de 2002 e 2018. No período de 2002 a 2006 houve um incremento de 128,75% dos focos de calor e redução de 75,71% do desmatamento. Entre 2006 e 2010 os focos de calor e áreas desmatadas reduziram. De 2010 a 2014 os focos de calor cresceram, enquanto o desmatamento reduziu. De 2014 a 2018 os focos reduziram em aproximadamente 92%. Houve grande crescimento da agricultura entre 2002-2018. O alto desmatamento e focos de calor entre 2000 e 2008, deve-se a exploração madeireira, principal renda da microrregião na época. As políticas de combate ao desmatamento, aliadas à moratória da soja foram essenciais para contê-lo. Os focos concentraram-se nos assentamentos, agricultura, desmatamento e rodovias. Não houve concentração em terras indígenas. Os fatores antrópicos influenciam na dinâmica espaço-temporal dos focos de calor, uma vez que convertem a floresta densa em áreas de vegetação pouco densa, aumentando a absorção de calor pelo solo. Deve-se intensificar políticas públicas para conscientizar os agricultores familiares sobre o uso do fogo, bem como fomentar técnicas alternativas e garantir assistência técnica.
Publisher
Revista Brasileira de Gestao Ambiental e Sustentabilidade
Cited by
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