Abstract
A perícia brasileira raramente utiliza a botânica devido à falta de especialistas nesta ciência para sua aplicação em casos reais. Apesar das vantagens, a palinologia forense ainda não é utilizada por especialistas brasileiros por não haver um protocolo padrão para ela. Nós relatamos um protocolo eficiente e rápido para amostragem de grãos de pólen coletados na pele de cadáveres. Oito cadáveres foram analisados. Com o uso de algodão e algumas gotas de glicerina, os corpos foram esfregados. Algumas precauções de segurança foram tomadas em todas as etapas para evitar qualquer contaminação da amostra de pólen. Foi possível recuperar um total de 134 grãos de pólen dos cadáveres e identificar 16 famílias de plantas. Além da aplicação dessa técnica em casos forenses, o protocolo pode ser usado em outras aplicações Palinológicas, uma vez que esfregar algodão em uma superfície, objeto ou animal pode ser uma maneira fácil de capturar grãos de pólen.
Publisher
Associacao Brasileira de Criminalistica - ABC
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